Jardim de Infância

Texto do escritor Fulghum / 1986

Jardim de Infância

Tudo que eu preciso mesmo saber sobre como viver, o que fazer, e como ser, aprendi no jardim-de-infância. A sabedoria não estava no topo da montanha mais alta, no último ano de um curso superior, mas na grama de um “parquinho” da escola maternal. Vejam o que aprendi:

Dividir tudo com os companheiros.

Jogar conforme as regras do jogo.

Não bater em ninguém.

Guardar os brinquedos onde os encontrava.

Arrumar a “bagunça” que eu mesmo fazia.

Não tocar no que não era meu.

Pedir desculpas, se machucava alguém.

Lavar as mãos antes de comer.

Apertar a descarga da privada.

Biscoito quente e leite frio fazem bem a saúde.

Fazer de tudo um pouco – estudar, pensar e desenhar, pintar, cantar e dançar, brincar e trabalhar, de tudo um pouco, todos os dias.

Tirar uma soneca todas as tardes.

Ao sair pelo mundo, cuidado com o trânsito, ficar sempre de mãos dadas com o companheiro e sempre “de olho” na professora.